quinta-feira, 16 de maio de 2013

Cirurgia para hérnia de disco é questionada



 Cirurgia para hérnia de disco é questionada



Cirurgia para hérnia de disco é questionada

Da Folhapress – São Paulo


Especialistas brasileiros concordam com o estudo publicado no "The Journal of the American Medical Association” sobre hérnia de disco lombar e afirmam que a cirurgia deve ser feita em apenas cerca de 5% dos casos, quando o tratamento não obteve resultado, a dor do paciente é insuportável, há comprometimento dos membros ou compressão da cauda eqüina.

INDICAÇÃO

Apesar de a indicação ser para uma parcela pequena, especialistas reconhecem que há um excesso de operações, que poderia chegar a até 40% dos pacientes. "Há uma superindicação, isso é indiscutível, mas que alguns casos precisam de cirurgia também é indiscutível”, afirma Mirto Prandini, neurocirurgião e professor de neurocirurgia da Unifesp.

HÉRNIA

"Esse estudo é perfeito. Eu raramente opero hérnia, a não ser nos casos de indicação absoluta. Os casos bem tratados têm 95% de chance de sucesso”, diz o clínico reumatologista do hospital Albert Einstein e autor do livro "Coluna, Ponto e Vírgula”, José Goldenberg.

Para o chefe do Departamento de Ortopedia do HC, Tarcísio Barros Filho, a pesquisa mostra que é possível optar entre um tratamento menos invasivo mas um pouco mais longo ou a cirurgia. "A maior parte pode ser tratada sem cirurgia porque a longo prazo a tendência da curva é se igualar.”

ESTUDO

Pessoas que sofreram rupturas de discos lombares geralmente se recuperam, quer passem por cirurgia ou não, dizem pesquisadores. O estudo constatou que a cirurgia parece promover o alívio da dor em menos tempo, mas que a maioria dos pacientes acaba se recuperando de qualquer maneira, com o tempo, e que não há mal nenhum em esperar.

CIRURGIA

O estudo mostrou que, ao final, nem a espera nem a cirurgia saíram vencendo claramente. A conclusão foi que a maioria dos pacientes pode decidir em segurança o que fazer, baseada em suas preferências pessoais e seu nível de dor. Embora muitos pacientes não tivessem se mantido com o tratamento que lhes tinha sido designado, a maioria se saiu bem com qualquer um. Os pacientes submetidos à cirurgia em muitos casos relataram alívio imediato da dor. Mas, ao término de três a seis meses, os pacientes de ambos os grupos relataram melhoras significativas.

GRUPOS

Após dois anos, cerca de 70% dos pacientes dos dois grupos disseram ter sentido "uma melhora importante” de seus sintomas. Nenhum dos pacientes que esperou sofreu consequências sérias, e nenhum dos que passou pela cirurgia sofreu resultados desastrosos. Muitos cirurgiões temiam que a espera pudesse acarretar danos importantes, mas o estudo comprovou que esses temores não tinham fundamento.

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